Terapia, eu voltei!

+ agenda 01/06 a 07/06

jun 01, 2025

Eu faço terapia desde 2014, quando na época, com meus 23 anos terminei um noivado.

Hoje eu já não faço de forma contínua, procuro meu terapeuta para coisas pontuais e isso pode durar um encontro único (como eu aprendi ser possível com a Lu) ou alguns meses.

Vira e mexe eu volto, falo as minhas ladainhas, resolvo o que estava me embrulhando o peito e demito meu terapeuta. A primeira vez que eu quis demiti-lo ele não pareceu gostar muito da ideia (ou talvez eu não estivesse pronta pra ter alta) mas eu usei um argumento muito bom e ele concordou:

“Minha vida tá boa, tá fluindo bem, e minhas últimas semanas na terapia parece que está sendo pra caçar problemas que nem estão me incomodando. Parece que a gente tá caçando assunto pra terapia render. Acho que preciso de uma pausa e quando eu sentir que não estou dando conta sozinha eu volto, tudo bem?”

Depois disso, meu terapeuta e eu, encontramos nosso ritmo. Uma construção de alguns anos que tem me ajudado nos momentos difíceis mas sem me deixar dependente dele.

Veja bem, não é que eu não precise mais da terapia, eu tenho ciência que tenho traumas e manias que seria interessante dar uma olhada, mas sinceramente, eu não consigo absorver tudo de uma vez e preciso dessas pausas pra conseguir processar tudo o que foi cavoucado até então.

Às vezes me questiono: Qual a graça de saber e curar todos os nosso defeitos, manias e desconfortos? A sábia Clarice Lispector já jogou essa ideia: “Até cortar os próprios defeitos pode ser perigoso. Nunca se sabe qual é o defeito que sustenta nosso edifício inteiro.”. Pois é amiga, concordo contigo.

Por isso hoje a ideia deste texto não é para te desinfluenciar a fazer terapia - muito pelo contrário, recomendo muitíssimo essa prática. Nem fazer com que você pare seu yoga ou práticas que fazem você se conhecer melhor. Mas quero te colocar pra refletir:

Será que a gente precisa ficar caçando problemas quando eles sequer existem? Será que não ficamos viciados no nosso auto aprimoramento que esquecemos de simplesmente viver? É preciso racionalizar tudo o tempo todo? É preciso diagnosticar todo comportamento? Precisamos de todas as respostas?

Eu, sinceramente, não tenho respostas sobre isso. Mas gosto de vez ou outra questionar minhas próprias convicções.

Nessa semana continuamos com a nossa jornada de transformação através do yoga. Até o dia 21/06 iremos praticar ao todo 10 ensinamentos do yoga. Juntas, vamos questionar, refletir e praticar. Tem duas novas aulas te esperando: